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terça-feira, 4 de maio de 2010

Famílias desfazem troca de bebês em Goiânia

Emoção tomou conta das mães e dos bebês trocados na maternidade há um ano em Goiânia. Eles terão novas certidões

Goiânia - Em clima de emoção e choro das mães e das crianças, foram destrocados ontem os dois bebês que haviam sido trocados ao nascerem em uma maternidade de Goiânia (GO). A destroca aconteceu no Juizado da Infância e Juventude. Emocionadas, a dona de casa Elaine Gomes de Oliveira, 28 anos, e a vendedora Queila Celina dos Santos Fagundes, 23, trocaram os bebês que vinham criando há pouco mais de um ano como se fossem seus filhos biológicos. As duas crianças vão ganhar novas certidões de nascimento, as anteriores foram anuladas. As famílias vão receber acompanhamento psicológico durante o período de adaptação dos bebês.

A troca das crianças aconteceu no berçário do hospital Santa Lúcia em março do ano passado, quando os dois bebës nasceram no mesmo dia. O caso, porém, só foi descoberto há um mês, após Queila ter feito exame de DNA que constatou que a criança criada por ela há um ano não era seu filho biológico. O exame foi pago pela mãe de Queila, inconformada com as humilhações sofridas pela filha por causa das acusações do ex-marido da jovem. Desconfiado porque o bebê não se parecia com ele nem com a mulher, ele acusou Queila de traição e a abandonou. O escândalo levou a jovem a perder até o emprego de vendedora.

Três técnicas de enfermagem que trabalhavam no hospital na época da troca serão indiciadas pela polícia pelo crime de substituição de recém-nascido, previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). A pena pode chegar a seis anos de prisão.

Não é o primeiro caso de trocas de bebês que acontece na maternidade do Hospital Santa Lúcia. Em 2008 um episódio semelhante já havia acontecido na unidade. Advogados de Elaine e de Queila vão aguardar a conclusão do inquérito policial para pedir à Justiça indenização do hospital por danos morais.

De acordo com a delegada Adriana Accorsi, da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), as ex-funcionárias da maternidade cometeram uma série de irregularidades, o que pode caracterizar dolo eventual.

Apesar do drama, as mães se conformaram e ficaram aliviadas. Elas prometem criar os bebês como irmãos. “Nós agora somos amigas, irmãs. Temos filhos gêmeos que Deus deu para nós”, disse Elaine. As marcas do episódio, porém, segundo ela, ficarão para sempre. “Nós vamos sofrer pelo resto de nossas vidas”, disse a dona de casa.

Mesmo ainda amamentando, foi Elaine que insistiu para a destroca se feita o mais rapidamente possível — Queila queria aguardar um pouco mais. No fim de semana as duas mães se encontraram e trocaram informações para cada uma conhecer melhor o filho biológico.

Os advogados das famílias anunciaram que pedirão indenização ao hospital que fez a troca.

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